ContatoParceiros

Login

Entre com seu login e senha para entrar na área restrita.

Login:
Senha:

Pranayamas – A arte de respirar

A palavra pránáyáma é composta de dois radicais: prana, que significa bio-energia, alento primordial, energia vital e yama, que significa domínio. Literalmente, pránáyáma quer dizer domínio da bio-energia.

 Emprega-se o termo com diferentes significados, mas todos eles giram em torno do significado acima descrito. A definição que melhor o explica é a seguinte: pránáyáma é a parte da união total com a Consciência Universal que trata do domínio das energias psíquicas mediante a regulação do movimento respiratório.

Os yogis afirmam que quando o domínio do movimento respiratório é conseguido com perfeição, consegue-se a faculdade de governar à vontade todas as forças inerentes à natureza do homem, adquire-se o domínio completo do funcionamento interno do corpo e desenvolvem-se novas faculdades mentais.

O PRANA é a força vital do Universo. É o princípio de todo o dinamismo, força e movimento. No homem, é desta força vital que é feito o corpo sutil, diferente do físico, mas graças ao qual se realizam todos os fenômenos energéticos do organismo. Regula as relações que se desenvolvem dentro do indivíduo e as que se realizam entre este e o mundo. É o substrato vital, energético, de todas as funções orgânicas e psíquicas. É o elemento dinamizante de toda a espécie de substâncias. Prana é o princípio sutil da energia atuante no mundo fenomênico. Está  além da percepção normal do homem, mas como tantas outras coisas que ele não pode perceber, segundo seu funcionamento habitual, faz parte integrante da imensa riqueza e variedade da criação.

O homem extrai PRANA de diversas fontes: do Sol, do Ar, dos alimentos, etc..., embora não seja nenhum dos elementos físicos ou químicos que os compõem. Circula através dos milhares de nadis ou canais sutis que constituem substancialmente o corpo sutil, e se armazena nos diversos chakras ou centros, que por sua vez, são estações especializadas encarregadas da distribuição prânica por todo o organismo psíquico.

 A vitalidade de uma pessoa, sua irradiação magnética, sua "personalidade", são expressões de prana. A quantidade de Prana que maneja um indivíduo constitui seu verdadeiro capital energético. A sutil fisiologia indiana assinala a existência de cinco "ares vitais" ou vayús principais que também recebem o nome genérico de cinco pranas vitais. São: prana, apana, vyana, samana e udana. Os mais significativos de todos eles são prana e apana.

Prana, em seu verdadeiro sentido, como primeiro vayú, é a energia da função absorvente, atrativa, integradora: tira do ambiente a energia de que o indivíduo necessita, principalmente através do ar inalado.

Apana é a força vital de ação propulsora, expulsiva, desintegradora: expele os elementos que não necessita, que o estorvam. Sua função no aspecto fisiológico manifesta-se, principalmente nas excreções: urina, matérias fecais e emissão de sêmen.

Vyana é o ar vital que penetra todo o corpo e faz circular a energia derivada do alimento e da respiração em todo o corpo.
Samana é o prana situado na região gástrica. Sua função é a digestão.

Udana é o prana situado na garganta e sua função é a deglutição. Um dos ares vitais que penetra o corpo humano suprindo-o de energia vital. Também situado na cavidade toráxica, controla a entrada do ar e dos alimentos.

A finalidade imediata  do pránáyáma é a união, harmonia ou equilíbrio destas duas energias: prana e apana. O ponto que une ou separa ambas as energias ou movimentos é precisamente o kumbhaka (retenção) ou ponto neutro, tanto o interno como o externo. Daí, sua importância no pranayama.

Cada estado de consciência tem seu quadro completo de ritmo de todas as funções. Daí que, no mudar, por exemplo, o ritmo respiratório, produz-se automaticamente a correspondente mudança das demais funções. O tipo da respiração de uma pessoa alegre caminha sempre junto com a mesma euforia afetiva e a mesma produtividade mental (salvo, é claro, diferenças individuais); a pessoa ativa, criadora, mas serena e equilibrada, tem um ritmo respiratório que é próprio dessas qualidades e qualquer pessoa que respire do mesmo modo (basicamente), sentir-se-á igual. Isto quando  falamos de uma respiração estável, contínua, convertida em automática e não de uma determinada instância em que se respire de um ou de outro modo.

AS FASES DA RESPIRAÇÃO
Conhecemos as duas fases da respiração: inspiração e expiração. Mas isso representa a metade dos movimentos respiratórios. Em cada ciclo da respiração Yôgi pode-se verificar quatro fases:
1) inspiração- PÚRAKA
2) pausa com ar ou retenção com os pulmões cheios - KÚMBAKA;
3) expiração- RÊCHAKA;
4) pausa sem ar ou retenção com os pulmões vazios- SHÚNYAKA.

A inspiração é todo período no qual o ar entra nos pulmões a partir do meio ambiente. É seguido por uma pausa que pode ser curta ou longa e este é o período no qual o sangue venoso presente no interior dos pulmões tem condições de se reciclar absorvendo oxigênio do ar inspirado.

Logo após é seguido por uma expiração que é o momento em que o sangue já anteriormente oxigenado é bombeado para a circulação sangüínea ao mesmo tempo em que detritos do sangue venoso são expulsos pela expiração ao mundo atmosférico. Em seguida vem a fase da pausa sem ar que é quando os pulmões se enche de sangue venoso que aguarda uma carga de oxigênio que logo chegará junto com a inspiração e este ciclo acontece do início da nossa vida junto com a natureza e vai até o fim da nossa existência.

RESPIRAÇÃO EM GERAL

A prática dos exercícios de pránáyáma(controle do alento) produz uma mudança definida na respiração habitual. A maior elasticidade dos pulmões e do aparelho muscular respiratório conseguida com os exercícios traduz-se por uma respiração muito mais profunda.

Entra maior quantidade de oxigênio no fim do dia o que aumenta a purificação do sangue e, por conseguinte, revitaliza-se todo o organismo. Acentua-se a ação da massagem mecânica produzida pelos movimentos da inspiração e da expiração sobre o coração, estômago, pâncreas, fígado, rins e intestinos, graças a que as funções desses órgãos ficam eficazmente estimulados.

A saúde melhora rapidamente. Transtornos funcionais de vários tipos são prontamente corrigidos e eleva-se o tônus vital de todo o organismo em geral.

Voltar ao Índice de Textos


Pixel Panda